terça-feira, 20 de outubro de 2009

Percebendo o amor...

Sentado a beira do rio
usufruindo a força e a beleza dos ventos
sob o canto de pássaros lentos
envolvidos em acrobacias da natureza.

Sentia a linda e pequena correnteza
vinda de um córrego que conquistou espaço
alimentando tudo e todos sem precisar de proeza,
sem cobrar um carinho nem mesmo um cuidado.

Fui relaxando com tamanha paz
trazidas pelas sombras de uma árvore
robusta e frondosa pela força do seu caule,
gloriosa com seus ramos de belas flores.

Sob a luz do sol
o arco-íris formava cores.
E do fruto vinha os demais sabores
Que nem Dante em sua suma poesia
descreveu em versos tudo aquilo que sentia.

Mas, e o amor?
Onde está o amor?

O amor percebo nas águas que viram mar
que de tão doce se doam... sem nada você pagar
e ainda assim, tu abusas sem conceder-lhe um obrigado.

Percebo que ele está nos pássaros a cantar
que em meus ouvidos soam sem parar
os mais belos versos de amor do eco-sistema.

No ar puro que a árvore produz
lá também está o amor que o conduz
através do singelo movimento de respirar.

São distintos os exemplos da percepção
mais quentes com o calor do coração
exaladas pelas luz solar
que me seduz o dia,
mesmo tendo a noite,
mesmo que ela seja fria,
para que eu possa trovejar
simples e encaixadas sílabas.

Enfim, o amor percebo em tudo.
Tudo aquilo que faz do ser
viver para conhecer e ensinar
de como o tudo é:
um tanto largo,
um tanto perverso,
um tanto falso
um tanto profundo.

Mas... ainda assim,
Percebendo-se o amor.

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