domingo, 5 de janeiro de 2014

Soneto - Pedido ao por do sol





Num por do sol brilhante
roguei ao tempo que cuidasse de mim
que levasse com o dia, tudo que teve fim
já que a noite viria em instantes.

Que a luz, jazida no meu ser
permanecesse acesa
feito chama, em lamparina, presa
a espera do amanhecer.

Exortei os meus pedidos
com a fé que tenho no peito
sem medir a exatidão.

Pois, no íntimo, atormenta o gemido
exaurido de todo deleito
compassado de intensa sudação.

[Mário Pires]

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